LINGUAGEM NEUTRA

O debate sobre a necessidade da implementação da linguagem neutra ou a linguagem não-binária na Língua Portuguesa vem levantando opiniões. A proposta apoiada por uma pequena parcela da sociedade visa que isso é uma forma de tornar a sociedade mais inclusiva para os grupos não-binários, ou seja, para aqueles que não se identificam como homem ou mulher e assim “quebrar" o que é um tabu para muitos.

Ainda convém lembrar que o pronome neutro passou a ser utilizado em redes sociais por adeptos, portanto, “caiu” no gosto das pessoas que se identificaram com a causa e passaram a utilizar.

Contudo nota-se que há uma incoerência uma vez que a Língua Portuguesa em sua norma gramatical já possui pronomes neutros utilizados para inclusão independente do gênero e que essa nova implementação traria transtornos significativos tanto para a gramática quanto para a origem da Língua Portuguesa, um transtorno que afetaria um país que já sofre com o descaso da educação em sua maioria, com pessoas não alfabetizadas e a falta de informação, não deixando de lado as pessoas com deficiência auditiva e visual que já lidam com a negligência social e que acarretaria mais dificuldades de adaptação a essa nova linguagem, uma vez que a porcentagem dessas pessoas tem um número significativo em comparação aos adeptos à essa nova gramática.

Enfim, essa mudança traria uma divisão mais perceptível na sociedade, pela má distribuição de informação, a linguagem das pessoas entre as classes sociais teria uma notável diferença por conta da desigualdade. Sendo assim como forma de evitar o constrangimento entre as classes sociais brasileiras a linguagem neutra não deveria fazer parte da gramática oficial da Língua Portuguesa e ser usada somente de forma informal entre os grupos de pessoas adeptos a essa linguagem.

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